A solução final
Quando tudo parecia estar a
correr bem, eis que se levanta um burburinho à volta dos lares de idosos.
Choveram de todo o lado denúncias escandalosas que referem coisas e atitudes abjectas e uma desatenção criminosa por parte do Estado, que tendo obrigação de
fiscalizar, não fiscaliza ou fiscaliza mal.
Que chatice dos diabos, devem ter
pensado ou dito Coelho e Portas. Já não bastam os estivadores, aparecem agora
os Velhos. Por que não morrem todos?! Os Velhos, claro, que os estivadores ainda
precisamos.
Como o Estado não tem recursos
para gerir todos os lares que por aí pululam e os novos que precisavam de ser
criados para os mais de 38000 velhos que carecem de internamento, só uma Solução Final pode
resolver o problema. E não se finjam de espantados ou surpreendidos, porque
afinal essa é já a solução que o governo vem aplicando quando lança no
desemprego milhares e milhares de trabalhadores, quando diminuiu drasticamente
as pensões sociais, quando põe na rua milhares de famílias, quando afirma que a
emigração é o caminho a seguir por milhares e milhares de jovens.
Além disso a Solução Final não
foi uma inovação de Hitler ou Eichman. Ela faz parte do arsenal do capitalismo
que a pôs em prática em muitos lugares do mundo e em diversas épocas da história.
Basta relembrar o genocídio que a Coroa Inglesa praticou contra os índio
norte-americanos, espalhando entre eles o vírus da varíola, ou os que espanhóis
e portugueses praticaram na América Latina, ou ainda a tragédia da escravatura negra que foi um
dos maiores negócios do capitalismo europeu. O genocídio ou do etnocídio são
uma prática comum e corrente do capitalismo que não se encerrou com a
escravatura mas se perpetua até aos nossos dias em distintos lugares do mundo
sempre que "as necessidades do
progresso" capitalista o exigem.
Vamos lá Coelho-Portas,
decidam-se logo e resolvam ao menos durante um tempo o problema dos lares de
idosos. Procurem logo o vosso Dr.Mengel e o vosso Eichman. Candidatos a Goebels
há muitos.
As taxas moderadoras, os remédios mais caros, os genéricos que os velhos tomam por engano, uma vez que as pintarolas mudam de cor e embalagem, com efeitos secundários e colaterais, os hospitais a fecharem para por negociatas se construírem outros mais longe, os cortes nas verbas prá saúde que alguns médicos alertam e bradam á lua, AS ESCOLAS DESACTIVADAS que poderiam dar excelentes centros.... ESTES GAJOS NUNCA VIVERAM COM O QUE NÃO NOS FAZIA FALTA NENHUMA, claramente tenhem um OBJECTIVO DEFINIDO que nada tem a ver com quem TENTA SOBREVIVER no meio deste quase CAOS generalizado... PULHAS
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