Carta Vária, porquê?



sexta-feira, 13 de março de 2015

Informação ou fait divers?



Desde que dos Emiratos Árabes Unidos levantou voo um avião movido a energia solar, desde esse dia, as notícias são sempre as mesmas ou quase as mesmas. Apenas a descoberta de um novo planeta com mares de água doce e salgada com profundidades de 100km quebrou esta rotina. As notícias versam sempre sobre o EI e as suas atrocidades, as falas da nossa ministra das finanças, os incumprimentos fiscais do 1ºministro, a demorada prisão do ex-primeiro ministro Sócrates, as intermináveis audições dos responsáveis pela falência do BES e ainda o discurso moralista do presidente da república. Tudo isto é muito pouco para um país que se encontra à beira da falência, um país em que a segurança social é uma fraude e a saúde quase um caos, um país em que a imigração é a única porta de saída para muitos e muitos jovens e adultos qualificados, em que a pobreza atinge hoje níveis degradantes, para além dos pobres anteriormente identificados, quase toda a antiga classe média. Na verdade, creio que os jornalistas têm de zelar pela sua profissão evitando ser repetidores de notícias que todos conhecem e já perderam o sentido. À notícia tem de juntar-se a razão de ser da sua existência, uma vez que as coisas acontecem ou não acontecem por acaso, têm causas que as precedem ou lhe dão origem. Se não vejamos: porque é que saiu da imprensa a notícia do avião movido a energia solar? Porque foi um fracasso? Porque não cumpriu a sua missão? Nada disso! O problema é que o protótipo de energia solar põe em causa indústrias poderosas que vão desde o petróleo até às novas tecnologias e às atuais companhias de transporte aéreo. O que é que se pretende com a divulgação sistemática do EI e suas atividades? Porque não se divulgam e aprofundam os verdadeiros interesses que estão por trás dessa organização? Quem a mantém? Todos os jornalistas sabem, mesmo os mal-informados que quem patrocina o EI é a Arábia saudita e o Qatar com a proteção dos EUA. Porquê? Porque é necessário diabolizar e destruir todos os países que não aceitam a existência de Israel naquela região como pais. Assim foi necessário destruir o Iraque, agora será a Síria e o Líbano e a seguir a Palestina. Os árabes nada têm, como povo, contra o povo de Israel, como a história o demonstrou, pois foram sempre os árabes quem recebeu os judeus que foram expulsos pelos cristãos. Toda esta intriga que resultou no Estado de Israel é obra do sionismo internacional e da falência da sociedade das nações que nem resolveu satisfatoriamente o problema do povo judeu nem do povo curdo. O interesse dos EUA na região é o petróleo por isso eles protegem a Arábia saudita e os Emiratos. Se eles pudessem garantir, o que já se lhes tornou inviável, o petróleo do México, da Venezuela, do Equador e da Argentina, seguramente se desinteressariam dessa região, pois eles sabem que mais tarde ou mais cedo toda a África e o Médio-Oriente serão efetivamente muçulmanos. Agora mesmo já pouco resta para que não o seja. Provavelmente dentro de pouco tempo os únicos lugares onde o Islão não prevalecerá será na Namíbia, dada a forte influência cultural alemã nesta sua antiga colónia e a África do Sul onde será possível uma aliança da Igreja Reformada holandesa com os interesses da grande finança judaica e árabe. Como todas as religiões o Islão tem um sentido expansionista, uma necessidade intrínseca de chegar aos povos onde ainda não está presente. Nunca desistiu desse princípio e tem-no feito de diversas maneiras, mas muito especialmente através da Jiade, a Guerra Santa. Foi assim ainda Maomé era vivo. Logo a seguir à sua morte a sua filha mais velha comandou pessoalmente a Jiade que levou o Islão até ao Egipto. Em menos de dois séculos todo o Oriente Médio e todo o norte de África eram muçulmanos. À Europa, através da Península Ibérica chegam no sec.VIII e propõe-se conquistar a Europa e só não acontece porque são derrotados, por Carlos Martel, na batalha de Arles. Mesmo assim, o Império turco, após a tomada de Constantinopla em 1453 estendeu-se à Grécia, à Macedónia, à Bósnia, ao Montenegro, à Albânia. Só desistem do seu intento já no sec.XVII depois da batalha de Lepanto onde são derrotados definitivamente. Só no final da 1ª guerra mundial é que o Império turco, símbolo mais alto do expansionismo do Islão, foi desmembrado dando origem a uma série de outros países tais como a atual Turquia, o Iraque etc. Pessoalmente não creio que o Islamismo se expanda para além das regiões já mencionadas, como por exemplo, para a América latina ou países como a China, Japão ou Coreias dado os níveis de resistência cultural e material que aí iriam encontrar. O que pode acontecer é que se divida uma vez que a sua unidade dogmática é muito frágil.