Carta Vária, porquê?



quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

A Falácia da Dívida



Há dias num almoço partidário, o deputado do PS, Pedro Santos, afirmou que se deveria usar a dívida como arma de arremesso contra os credores, especialmente alemães, como forma de fazê-los entender que empréstimo e usura não são a mesma coisa. O que o deputado Pedro disse nem sequer é novidade, mas expressa bem o sentimento dos portugueses em relação a tudo o que a TROIKA, através do governo, está impondo ao país real. Se fosse noutro tempo lá estaria o deputado Pedro Santos, mais a sua família, descalços e de corda ao pescoço, a caminho de Berlim, para humilhados, ouvirem da boca da chancelarina Merkel, a irrevogável sentença condenatória. Teve sorte o deputado, pois os mastins que zelam pela DIVIDA SOBERANA e pela TROIKA podem ladrar, não podem morder.
Renegociar dividas, dar-se como insolvente, ou declarar moratórias são atitudes correntes, normais no sistema capitalista, quer entre países, quer entre empresas, quer até entre cidadãos. Por que não haveria de sê-lo em Portugal ou de Portugal com os seus credores, especialmente quando as condições que se impõem ao devedor raiam os limites da extorsão, atentam directa e objectivamente contra a soberania ou a própria existência do PAÍS?
Certamente não serei eu a pessoa mais indicada  para dar conselhos, até porque os "bons conselhos" os advogados vendem-nos. Mas sempre direi que o ataque ao pagamento da dívida deveria ter sido precedido  de um projecto de lei exigindo uma AUDITORIA RADICAL E INDEPENDENTE às contas públicas, privadas e marginais do Estado, na sua totalidade, e dos agentes públicos e privados que operam essas contas. Tudo a começar em 1974, após a restauração da actual Democracia. A partir daí poder-se-ia então falar de dívida externa com propriedade. Antes disso, tudo que se diga ou escreva, não passa de "faits divers".
Repito "faits divers", porque, com a instauração do Tribunal do Santo Ofício, mais conhecido por Inquisição, há 500 anos, os portugueses começaram a omitir-se da sua cidadania. Preferem fazer de conta que não sabem, que não vêm, que não ouvem. Ou então vão-se embora, mesmo sem ser o primeiro-ministro a mandá-los.
É urgente desenterrar a caveira de burro que um qualquer inquisidor-mor enterrou em algum lugar deste país e que emite energia negativa sobre esta terra e o seu povo, transformando a terra numa praia de onde só se parte e o seu povo em ausência. Os portugueses querem ser felizes aqui, nesta terra que é a sua. Felizes e cidadãos, não importando o nome que se dê à sua forma de viver e estar no mundo. Felizes e Cidadãos.

1 comentário:

  1. NA CASA ONDE NASCI MAIS 3 IRMÃOS, onde a EMILINHA mora desde os 5 anos, já lá vão pois 78, mas eu com 60 lembro muito bem do primeiro FOGÃO a lenha, agora é o 2º e ELÉCTRICO, o 1º RÁDIO ( só houve mais um ) do 1º TELEVISOR ( só houve mais um ) do 1º FRIGORÍFICO ( tb só houve mais um ), como lembro muito bem sempre que lá vou “ fazer o presépio “., depois de o meu DELFINO ter saído daqui, e me ter provado que há vida para além da morte, foi-se em 2004 e em 2010 ainda tive que tratar de uma comunicação das Finanças a ele dirigida, reclamando a sua presença PARA ASSUNTO DE SEU INTERESSE . Nunca deixo de me rir do cinismo destes caralhos,,, queira comparecer para assunto de seu interesse.

    Era uma chatice já muitaaaaaa gente via o Gato Félix e desligava a tv antes de dar o Hino, mas dava-me jeito não ter TV, sempre dava para sair á noite já com 18 anos; á pergunta : - Onde vais ? A resposta era simples : - Vou ver a Televisão ao café,,, o que para mim dava jeito, para dois operários era mais um estalo na sua consciência de gente POBRE., mas que nada devia a ninguém, tirando o Manel Perú e o Mata e Rouba, mas a esses o fim de semana punha em ordem o MISSAL... LIVRO dos CALOS.

    Ao fazer o presépio meto-me sempre com a minha EMILINHA,,,, vou apanhar o MUSGO, preparo a velha cômeda e uma CABANITA com mais de 80 anos, feita pelo meu AVÔ, onde ficam os asilados só pelo tempo da quadra e até aos REIS, espalho á balda uns CARNEIRITOS, 3 REIS, uns quantos PASTORES um TOCADOR de Gaita de Foles e um CAMELO a que já falta o partido e desaparecido preto que o guiava...... Olha sempre para o fundo das imagens e leio em VOZ ALTA, este é de 1950,, este de 1952, este de 1954....... não tarda a EMILINHA diz sempre a mesma coisa,,, TEMPOS,,, CHICO... eram tempos difíceis filho.... o teu PAI comprava uma imagem por ano,, o dinheiro não dava para tudo chico... Ó Mãe mas e em 1953 não há nenhum ! ! Ou partiu-se ou ele não comprou por o dinheiro ser preciso para outras coisas... PARECE IMPOSSÍVEL COMO OUÇO SEMPRE A MESMA HISTÓRIA e como apesar de ela dizer que já ninguém liga ao PRESÉPIO eu todos os ANOS lá ir fazer aquilo.

    Comprar um SANTINHO por ano NUM É ? Não se vendiam no MANEL PERÚ nem no MATA e ROUBA......

    LEMBRO-ME também com os olhos que eram vistas as poucas pessoas que emprestavam dinheiro a juros,,, alguns eram só mais forretas de que a malta, atafulhavam, juntavam, arrecadavam, outros nem tanto. Sei que a conta em que se tinham essas pessoas NÃO ERA MESMO A MELHOR

    HOJE a TROIKA- misso por miúdos é o que é, os Bancos obrigado igualmente, o Duputedo Socialista obrigado igualmente...

    POR VEZES DÁ-ME UMA VONTADINHA DE TODOS NÓS PERDER-MOS O QUE NÃO NOS FAZ FALTINHA NENHUMA,, para perceber-mos BEM como nos andaram sempre a COMER DESALMADA E INDECENTEMENTE.... criaram-nos hábitos de vida com coisinhas de merda de que não somos capazes de nos livrar-mos,, AI AI ,MANO VELHO,, bastava uma saquito com uma muda NUM ERA ? ? ! ! !

    Entretanto impenhem-se em prestações que eu vou ali e já venho
    NÃO TENHO NEM SEQUER PÓPÓ,, MAS NUM DEVO NADA A NINGUÉM HE HE HE HE HE HE HE HE

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