Há mais de 150 anos que Marx e Engels publicaram o Manifesto Comunista e lançaram um grito que mais era uma palavra de ordem: "Proletários de todo o mundo uni-vos!"
Desde então muitas coisas aconteceram, o mundo mudou e transformou-se. Mas o grito de outrora ecoa hoje mais forte, mais alto e mais universal do que na altura. Hoje já não é só a Europa a ouvi-lo. A América do Norte e do Sul, a Ásia, a África, o Mundo Árabe ouvem-no também e os seus ecos repetem-se com força em ondas sucessivas. O capitalismo e as forças reaccionárias que sempre o apoiaram tiveram, ao longo destes mais de 150 anos, a "arte " de universalizar a luta dos proletários de então. A luta contra a exploração capitalista continua viva nas fábricas, mas está também nas praças das cidades, nos campos, ateou fogo ao tecido social, à ordem familiar e classes sociais, radicalizou a luta política. Somente os estúpidos e os que desistiram de pertencer à espécie humana estão indiferentes e pertencem ao rebanho do "tanto se me dá".
E que fazem os Sarkozy, os Berlusconi, os Cameron, as Merkel, os Obama, as Troikas e os banqueiros de hoje? Exactamente, ou quase, o que fizeram os seus antecessores do sec.XIX, os Guizot, os Metternich, o Czar, os Rotschild, os Morgan, os WASP norte-americanos. Privatizam tudo o que é público e pode gerar riqueza, e rejeitam qualquer responsabilidade em relação à cultura, à educação, à saúde, à segurança social. Cobram impostos pelo que se consome, pelo que se produz.
Emagrecem o Estado mas não os seus bolsos e os dos amigos e mantêm um simulacro de democracia representativa, necessária para "fazer de conta", mas objectivamente inútil. Criação de emprego, geração de riqueza social, prosperidade, solidariedade social, política ou humana, investimento na ciência, educação e cultura, são preocupações que não fazem parte dos "troikianos". Para eles o "estado social" seria aquele que dispusesse de um sistema eficaz, infalível na cobrança de impostos, e também de um aparelho policial-militar que mantivesse a ordem, dentro do exigível.
Sábado, 15 de Outubro, nós, portugueses temos de mostrar com a nossa presença, na rua (isto para começar!) que rejeitamos a TROIKA, os seus seguidores e os seus milagres. Vamos gritar-lhes, milhares de homens e mulheres, jovens e idosos, empregados e desempregados, os sem futuro, em centenas de praças e cidades, que rejeitamos as suas propostas e queremos ser nós a definir o nosso presente e o nosso futuro.
Esta não é a hora das hesitações, covardias ou divisões. Esta é a nossa hora, a nossa 25ª Hora.
15 de Outubro - A democracia sai à rua
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