Não sei se todos ouviram o sr. Passos Coelho, que agora está primeiro ministro, anunciar algumas medidas que serão impostas ao povo português, a partir de 2012. Neste caso à classe média baixa, aos trabalhadores, aos reformados e pensionistas - numa palavra - aos extractos menos favorecidos e mais pobres da população. Pois bem, se não viram ou ouviram "a figura" na TV, informem-se pelos jornais e com amigos e vizinhos.
Mas desde já os aviso que devem dispensar os comentários e palpites dos "papagaios de pirata" que o poder tem sempre à sua disposição para "adoçar a pílula" ou para enganar os trouxas. Cuidado com eles, até porque alguns são especialmente hábeis em mentir e fingir. É para isso que lhes pagam. E bem.
É evidente que a TROIKA e o seu governo, ainda que não estejam temerosos por acharem que o povo português é um povo de brandos costumes, ordeiro e habituado a fazer sacrifícios, é óbvio que estão preocupados e, a esta hora, o aparelho policial-militar já deve saber o que fazer se a "ordem" for ameaçada. A Grécia, ainda que recusem o paralelo, não lhes sai da cabeça -até porque os métodos lá aplicados foram os mesmos que estão sendo aplicados aqui. Aliás o FMI não conhece outros.
O que quero salientar hoje, é que o orçamento anunciado e as medidas que ele contém, é mais do que um ataque à democracia, representa um retrocesso civilizacional. O Terceiro Mundo é o nosso destino.
Foi contra isso que o povo grego reagiu e continua a reagir. Nem os "bárbaros do Norte", nem qualquer TROIKA conseguirão aplicar ao povo grego as condições humilhantes que lhes querem impor. Afinal, o povo grego sabe que foi quem inventou a civilização ocidental, a difundiu e protegeu. E é essa consciência clara do seu papel fundamental na história, que lhes garante a força necessária para resistir e dizer :NÂO!
É de esperar que os portugueses, no dia 15, se manifestem de forma expressiva, massivamente, sem divisões ou particularismos. A manifestação do dia 15 deve ser o primeiro e inequívoco sinal de que não seguiremos pelo caminho para onde nos querem empurrar. Se a TROIKA, o seu Governo e os políticos que os apoiam não quiserem entender o sinal, voltaremos de novo à rua e a novas formas de luta. Um dia as TRIOKAS, seus patrões e seus homens de mão hão-de ter de entender que "O povo é quem mais ordena".
Todos à Manifestação - que a democracia sai à rua!