Desde
que dos Emiratos Árabes Unidos levantou voo um avião movido a energia solar,
desde esse dia, as notícias são sempre as mesmas ou quase as mesmas. Apenas a
descoberta de um novo planeta com mares de água doce e salgada com
profundidades de 100km quebrou esta rotina. As notícias versam sempre sobre o
EI e as suas atrocidades, as falas da nossa ministra das finanças, os
incumprimentos fiscais do 1ºministro, a demorada prisão do ex-primeiro ministro
Sócrates, as intermináveis audições dos responsáveis pela falência do BES e
ainda o discurso moralista do presidente da república. Tudo isto é muito pouco
para um país que se encontra à beira da falência, um país em que a segurança
social é uma fraude e a saúde quase um caos, um país em que a imigração é a
única porta de saída para muitos e muitos jovens e adultos qualificados, em que
a pobreza atinge hoje níveis degradantes, para além dos pobres anteriormente
identificados, quase toda a antiga classe média. Na verdade, creio que os jornalistas
têm de zelar pela sua profissão evitando ser repetidores de notícias que todos
conhecem e já perderam o sentido. À notícia tem de juntar-se a razão de ser da
sua existência, uma vez que as coisas acontecem ou não acontecem por acaso, têm
causas que as precedem ou lhe dão origem. Se não vejamos: porque é que saiu da
imprensa a notícia do avião movido a energia solar? Porque foi um fracasso? Porque
não cumpriu a sua missão? Nada disso! O problema é que o protótipo de energia
solar põe em causa indústrias poderosas que vão desde o petróleo até às novas
tecnologias e às atuais companhias de transporte aéreo. O que é que se pretende
com a divulgação sistemática do EI e suas atividades? Porque não se divulgam e
aprofundam os verdadeiros interesses que estão por trás dessa organização? Quem
a mantém? Todos os jornalistas sabem, mesmo os mal-informados que quem
patrocina o EI é a Arábia saudita e o Qatar com a proteção dos EUA. Porquê? Porque
é necessário diabolizar e destruir todos os países que não aceitam a existência
de Israel naquela região como pais. Assim foi necessário destruir o Iraque,
agora será a Síria e o Líbano e a seguir a Palestina. Os árabes nada têm, como
povo, contra o povo de Israel, como a história o demonstrou, pois foram sempre os
árabes quem recebeu os judeus que foram expulsos pelos cristãos. Toda esta
intriga que resultou no Estado de Israel é obra do sionismo internacional e da falência
da sociedade das nações que nem resolveu satisfatoriamente o problema do povo
judeu nem do povo curdo. O interesse dos EUA na região é o petróleo por isso
eles protegem a Arábia saudita e os Emiratos. Se eles pudessem garantir, o que
já se lhes tornou inviável, o petróleo do México, da Venezuela, do Equador e da
Argentina, seguramente se desinteressariam dessa região, pois eles sabem que
mais tarde ou mais cedo toda a África e o Médio-Oriente serão efetivamente muçulmanos.
Agora mesmo já pouco resta para que não o seja. Provavelmente dentro de pouco
tempo os únicos lugares onde o Islão não prevalecerá será na Namíbia, dada a
forte influência cultural alemã nesta sua antiga colónia e a África do Sul onde
será possível uma aliança da Igreja Reformada holandesa com os interesses da grande
finança judaica e árabe. Como todas as religiões o Islão tem um sentido
expansionista, uma necessidade intrínseca de chegar aos povos onde ainda não
está presente. Nunca desistiu desse princípio e tem-no feito de diversas
maneiras, mas muito especialmente através da Jiade, a Guerra Santa. Foi assim
ainda Maomé era vivo. Logo a seguir à sua morte a sua filha mais velha comandou
pessoalmente a Jiade que levou o Islão até ao Egipto. Em menos de dois séculos
todo o Oriente Médio e todo o norte de África eram muçulmanos. À Europa,
através da Península Ibérica chegam no sec.VIII e propõe-se conquistar a Europa
e só não acontece porque são derrotados, por Carlos Martel, na batalha de Arles.
Mesmo assim, o Império turco, após a tomada de Constantinopla em 1453
estendeu-se à Grécia, à Macedónia, à Bósnia, ao Montenegro, à Albânia. Só desistem
do seu intento já no sec.XVII depois da batalha de Lepanto onde são derrotados
definitivamente. Só no final da 1ª guerra mundial é que o Império turco, símbolo
mais alto do expansionismo do Islão, foi desmembrado dando origem a uma série
de outros países tais como a atual Turquia, o Iraque etc. Pessoalmente não
creio que o Islamismo se expanda para além das regiões já mencionadas, como por
exemplo, para a América latina ou países como a China, Japão ou Coreias dado os
níveis de resistência cultural e material que aí iriam encontrar. O que pode
acontecer é que se divida uma vez que a sua unidade dogmática é muito frágil.